sexta-feira, 30 de novembro de 2012

SONHO SANGRENTO DE UM BRASIL PROTESTANTE

Os protestantes holandeses chegaram matando e 
saqueando
Pode-se dizer que o Brasil foi o primeiro lugar do mundo a experimentar um governo onde existiu a possibilidade de diferentes cultos e manifestações religiosas. Maurício de Nassau introduziu aqui a tolerância religiosa.", mas logo em seguida é corrigido pelo historiador Leonardo Dantas que  acrescenta: "Não se tratava de uma liberdade total. Havia restrições a cultos não reformados.", ou seja, a “liberdade” era só para culto protestante. A mesma revista afirma que os judeus só podiam fazer culto de portas fechadas.


Por Fernando Nascimento



Revista Eclésia, confissões 
de um fracasso

Esse artigo esclarecedor mostra conforme relatos da própria revista protestante Eclésia, edição especial de Abril de 2000, como foi danosa a chegada do protestantismo ao Brasil. Os que redigiram o artigo, cegando para a carnificina, intolerância, vandalismo e destruição que promoveram para implantar o protestantismo, apenas festejavam o fato de terem vindo a este país edificar em solo alheio, bem depois da chegada dos católicos.
Após fundarem o protestantismo na Alemanha, no início do século 16, essa ideologia travestida de ares religiosos incorporou o desejo de muitos burgueses em apoderar-se do patrimônio da Igreja Católica. Em toda Europa isso foi posto em prática da pior forma possível, como podemos ver neste artigo:
http://mentiras-evanglicas-e-outras.blogspot.com.br/2012/07/por-que-maioria-dos-paises-ricos-e.html
É evidente que o protestantismo não buscava a evangelização dos povos, mas edificar onde a Igreja Católica já tinha pregado Jesus Cristo e apoderar-se de seu legado patrimonial e religioso, inclusive proibindo o culto católico.

Para dar um exemplo de como é avessa aos evangelhos a conduta protestante, as Escrituras demonstram que quando o apóstolo Pedro pregava em Roma, o apóstolo Paulo evitava ir àquela cidade e assim escreveu aos romanos:

“20. E me empenhei por anunciar o Evangelho onde ainda não havia sido anunciado o nome de Cristo, pois não queria edificar sobre fundamento lançado por outro. 21. Fiz bem assim como está escrito: Vê-lo-ão aqueles aos quais ainda não tinha sido anunciado; conhecê-lo-ão aqueles que dele ainda não tinham ouvido falar (Is 52,15). 22. Foi isso o que muitas vezes me impediu de ir ter convosco” (Romanos capítulo 15)

Quase duas décadas antes do protestantismo existir no mundo, os católicos chegaram pacificamente ao Brasil em três simples caravelas. Foram festejados pelos nativos e em 26 de abril de 1500, foi celebrada a primeira missa pelo Padre Henrique de Coimbra junto com o Padre iniciante Marcos de Oliveira Ferreira, fato este descrito por Pero Vaz de Caminha na carta que enviou ao rei de Portugal, D. Manuel I.

Celebração da primeira missa no Brasil
O protestantismo só viria a ser fundado na Alemanha a partir de 1517. Primeiro tratou de se apoderar, sob sangue derramado, dos bens patrimoniais da Igreja Católica na Alemanha e depois em muitos outros países da Europa, como demonstrado no link já citado.



Calvinistas massacrando os jesuítas
Em 1570, foram enviados ao Brasil para evangelizar os índios o Padre Inácio de Azevedo e mais 40 jesuítas. Vinham a bordo da nau São Tiago quando em alto mar os interceptou o calvinista Jacques Sourie. Como prova de seu "evangélico" zelo mandou degolar friamente todos os padres e irmãos e jogar os corpos aos tubarões. (Luigi Giovannini e M. Sgarbossa in Il santo del giorno, 4ª ed. E.P, pág. 224, 1978).

Até que então, cita a revista protestante Eclésia:

“Manhã de 15 de fevereiro de 1630. No horizonte da capitania de Pernambuco surge, segundo documentos da época, "a maior armada que já cruzou o equinocial". Dos barcos, os holandeses avistam a beleza das praias do Recife, um pacato povoado na periferia de Olinda, cidade importante da colônia."
"Já havia alguns anos, os flamengos estavam de olho naquele ponto da costa brasileira.

A região parecia promissora para seu objetivo de implantar uma "Nova Holanda" nos trópicos - muita água, riquezas naturais, clima e regime dos ventos favoráveis, e um litoral com bons pontos de desembarque e uma grande área protegida pelos arrecifes para fundear os navios. Os forasteiros que se aproximavam não eram meros aventureiros ou corsários: eles vinham mesmo para ficar e colonizar aquela terra à sua maneira. “ Leia-se “colonizar aquela terra à sua maneira“ como,” fazê-la virar protestante à força”.

Uma mostra de como o protestantismo “evangelizava”
Segue confessando a revista protestante:

“Não era a primeira vez que conquistadores holandeses lançavam-se sobre o Brasil. Em 1624, invadiram Salvador, onde inclusive realizaram um culto reformado, no dia 11 de maio daquele ano, dirigido pelo reverendo Enoch Sterthenius.”

Veja então como foi realizado o culto protestante no Brasil: 1624, as igrejas católicas na Bahia foram depredadas e transformadas em depósitos, celeiros, adegas ou paióis e a Sé foi destinada ao culto anglicano.

Segue a revista confessando que os protestantes eram “invasores”:

“No ano seguinte, os invasores foram rechaçados por forças espanholas, portuguesas e brasileiras, com auxílio dos índios potiguares. Mas eles não desistiram. Logo a WIC organizaria esquadra nova e poderosa: 56 navios, 1,1 mil canhões, 3,8 mil tripulantes e 3,5 mil soldados.”

“A conquista de Olinda e Recife consumiu poucos dias, mas o resto da capitania ofereceu resistência feroz, comandada por Matias de Albuquerque e Felipe Camarão.

"Depois de cinco anos de uma luta encarniçada com requintes de guerrilha na selva, toda Pernambuco passou ao controle holandês. Vencida a resistência inicial, a ocupação deslanchou por todo o Nordeste.”

André Cunha retratou o ataque dos incendiários 
protestantes à Olinda
Em Olinda, no ano 1631, os invasores protestantes destruíram e queimaram as igrejas católicas. A única igreja que ficou intacta foi a de São João Batista dos Militares, que servia de quartel general às tropas invasoras.

“Em pouco tempo, as igrejas católicas foram transformadas em abrigos de soldados. Os utensílios do culto romano, como imagens, altares e paramentos sacerdotais, destruídos.”

Ruinas da Sé de Olinda, incendiada 
pelos holandeses
Segue a revista narrando a desgraça da invasão protestante:
“Os invasores chegaram a dominar 1,2 mil quilômetros da costa, incluindo os atuais territórios da Bahia, Sergipe, Alagoas e toda a faixa de terra até o Maranhão. "Morto está o Brasil", sentenciou o padre jesuíta Antônio Vieira, um dos maiores cronistas do período colonial. Estava criada a Nova Holanda.”


Matança em plena missa

Em 16 de julho de 1645, o Padre André de Soveral e outros 70 fiéis foram cruelmente mortos por mais de 200 soldados holandeses e índios potiguares persuadidos. Os fiéis participavam da missa dominical, na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú, no município de Canguaretama, localizado na Zona Agreste do Rio Grande do Norte. Por seguirem a religião católica, pagaram com a própria vida o preço pela crença, por causa da intolerância calvinista dos invasores.

http://www.dnonline.com.br/app/noticia/cotidiano/2009/09/28/interna_cotidiano,19853/index.shtml

“A estabilidade da Nova Holanda, ao menos temporariamente, estava garantida. Antes disto, em 1637, um novo responsável pelas possessões holandesas no Brasil chegara ao Recife. Seu nome: Johann Mauritius von Nassau-Siegen, ou simplesmente Maurício de Nassau (...) calvinista praticante.” – Nassau era um protestante alemão a serviço dos invasores holandeses.

Maurício de Nassau, intolerante 
ao catolicismo


“De fato, as procissões católicas foram proibidas. Os dias santos foram declarados nulos, sendo reconhecidos apenas a Páscoa e o Natal como feriados. As missas só podiam ser celebradas dentro de algumas casas, já que as igrejas haviam sido ocupadas pelos reformados.”


Maurício de Nassau, um dos maiores traficantes de escravos para o Brasil
Em 25 de junho de 1637. Devido a falta de escravos para os engenhos de cana de açúcar, fugidos por causa da guerra entre holandeses e portugueses, Nassau envia uma expedição de nove navios para a Guiné, na África, sob comando do coronel Hans van Koin, para trazer mais negros para Pernambuco.

Procissão de São João, proibida pelos invasores holandeses
De acordo com o estudo do historiador e professor José Antônio Gonçalves de Mello, o maior pesquisador da invasão, por volta de 1640, na província holandesa o número de escravos era tão grande que igualava-se ao número de luso brasileiros que somavam 30 mil.

Em 30 de maio de 1641. Tendo convencido os dirigentes da Cia. Das Índias de que era mais vantajoso atacar Angola, por conta dos escravos, do que a Bahia, Nassau envia uma força de invasão à África com 20 navios e mais de 4.000 homens.

Países de raça negra, mercados do protestantismo
No ano seguinte, 1642, o pintor de Nassau confessa que sendo os congoleses já submissos a Nassau, seu rei em troca de favores, o presenteia com seiscentos escravos, sendo uma terça parte para o Príncipe, outra para o Conde de Nassau e uma terceira parte para a Cia das Índias. (“Albert Eckhout – Pintor de Maurício de Nassau no Brasil 1637/1644″ – Clarival do Prado Valladares – Livroarte Editora) Para ver todo o desrespeito empregado pelos protestantes ao Povo Negro, e convocação feita pelo Sr. Hernani Francisco da Silva, Presidente da Sociedade Cultural Missões Quilombo à todas as Igrejas protestantes a pedirem perdão pelo desrespeito, preconceito, escárnio e tráfico deste povo, acesse: 


Em meio a matéria da revista, o bispo protestante Robinson Cavalcanti tentando limpar a barra do escravagista e intolerante Maurício de Nassau, brada: "Pode-se dizer que o Brasil foi o primeiro lugar do mundo a experimentar um governo onde existiu a possibilidade de diferentes cultos e manifestações religiosas. Maurício de Nassau introduziu aqui a tolerância religiosa.", mas logo em seguida é corrigido pelo historiador Leonardo Dantas que  acrescenta: "Não se tratava de uma liberdade total. Havia restrições a cultos não reformados."ou seja, a “liberdade” era só para culto protestante. A mesma revista afirma que os judeus só podiam fazer culto de portas fechadas.

Informo também ao bispo protestante Robinson Cavalcanti, que no Brasil muito antes dos protestantes aqui pisarem, já era um país tolerante a diferentes cultos e manifestações religiosas onde ninguém era obrigado a ser católico. Vemos isso no documento Papal a este país do ano de 1537:
Papa Paulo III (1534-1549),

“Pelo teor das presentes determinamos e declaramos que os ditos índios a todas as mais gentes que aqui em diante vierem a noticia dos cristãos, ainda que estejam fora da fé cristã, não estão privados, nem devem sê-lo, de sua liberdade, nem do domínio de seus bens, e não devem ser reduzidos a servidão”. (...) determinamos e declaramos que os ditos índios, e as demais gentes hão de ser atraídas, e convidadas à dita Fé de Cristo, com a pregação da palavra divina, e com o exemplo de boa vida. E tudo o que em contrário desta determinação se fizer, seja em si de nenhum valor, nem firmeza; não obstante quaisquer cousas em contrário, nem as sobreditas, nem outras, em qualquer maneira. Dada em Roma, ano de 1537 aos 9 de junho, no ano terceiro do nosso Pontificado.” (Bula Veritas Ipsa” - 1537) (grifos nosso).

Por estas palavras do Papa Paulo III vemos que as pessoas deveriam ser atraídas e convidadas a fé de Cristo sem imposição, respeitando-se a sua liberdade.

A jurisdição papal estava limitada aos assuntos eclesiásticos ou pacificadores, por isso não se deve, como costumam maldosamente fazer os protestantes, atribuir à Igreja alguns abusos administrativos e políticos cometidos pelos reis ou mandatários, que em muitos casos foram advertidos pelos Papas diante de graves pecados que cometiam. Desde antes do descobrimento do Brasil são numerosas as bulas papais em repúdio a algumas atitudes anticristãs dos reis. Padres e bispos católicos chegaram algumas vezes a reprimir mandatários durantes as missas e até proibi-los de participar da celebração eucarística até se redimirem de seus pecados. Voltemos então ao início da derrocada protestante.

Considerado um esbanjador pelas vultosas quantias que evaporava, Nassau acabou sendo chamado de volta em 1644. Partiu numa esquadra de treze naus que transportava carga avaliada em 2,6 milhões de florins. A sua bagagem pessoal ocupava duas naus. Com sua saída e com os custos da invasão cada vez mais altos, a manutenção da Nova Holanda tornou-se inviável e não tardou a ser derrotada pelos lusos brasileiros.

Batalha dos Guararapes, o povo contra o calvinismo
A primeira batalha ocorreu em 19 de abril de 1648, e a segunda em 19 de fevereiro de 1649.

A primeira Batalha dos Guararapes é simbolicamente considerada a origem do Exército Brasileiro devido a ser o episódio onde de acordo com as correntes historiográficas tradicionais em História do Brasil, esse movimento assinala o início do nacionalismo brasileiro, pois os elementos étnicos brancos, africanos e indígenas fundiram os seus interesses na luta pelo Brasil e não por Portugal. Foi esse movimento que deu à população local a verdadeira compreensão de seu valor, incutindo no povo o espírito de rebeldia contra qualquer tipo de opressão. (BLOCH Editores. História do Brasil, Vol. 1, pág. 180, 1976)

A revista com falsa intenção de homenagear o invasor Maurício de Nassau, alega:

"Santo Antônio" – (...) a administração de Maurício de Nassau conquistara a simpatia do povo, a ponto de ele chegar a ser chamado "Santo Antônio" numa alusão ao popular santo católico que, acredita-se, nunca deixa de atender um pedido.”

Isso não procede. O que foi chamado de “Santo Antônio”, foi o bairro que os invasores holandeses chamavam de “Velha Maurícia”. O nome “Santo Antônio” deu-se ao bairro porque lá antes dos holandeses chegarem já estava o convento de Santo Antônio. Seria deveras contraditório o povo chamar um déspota protestante que proibiu o culto católico e queimou as igrejas católicas de “santo”.
Antigo convento franciscano de Santo Antônio 
Hilário é ver a revista protestante que lançou o artigo para comemorar “o sonho do Brasil protestante” publicar isto no fim da matéria:

“Ainda hoje, se pergunta se a vida não seria melhor num Brasil holandês. O historiador Leonardo Dantas apressa-se em desfazer o mito. " Basta ver o que é hoje o Suriname, ex-Guiana Holandesa, para verificar que os holandeses não eram exatamente um modelo de colonização", garante.”

As outras vertentes protestantes colonizaram a África do Sul, Índia, Nigéria, Botswana, Jamaica, Bahamas, São Vicente e Granadinas e também fracassaram, tanto na evangelização como na qualidade de vida do povo, ficando provado que os países “ricos” protestantes só o são, porque foram todos usurpados do catolicismo a força:

http://mentiras-evanglicas-e-outras.blogspot.com/2012/07/por-que-maioria-dos-paises-ricos-e.html

Hoje é inegável, que a ideologia protestante forjada na Alemanha no início do século 16, se mostra como a maior fábrica de ateus de todos os tempos, em completa inversão ao propósito Jesus Cristo na terra. Todas as estatísticas mostram que o protestantismo foi criado simplesmente para demolir o que a Igreja Católica edificou em matéria de evangelização.  A Holanda que era grandemente católica antes de virar protestante à força, assim está hoje, com o número de incrédulos maior que o de protestantes:

Católicos 33%, Igreja Reformista Holandesa 14%, calvinistas 7%, islamismo 4,1%, hinduísmo 0,5%, sem filiação 39%, outras 2,4%.

E isso é generalizado para todas as vertentes do protestantismo.  Afirma o apologista protestante e escritor dr. Alex McFarland, que há cem anos, 96% dos americanos eram protestantes, mas hoje esse número é de 49% e continua em declínio. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pelo The Pew Forum on Religion and Public Life, mostra um constante aumento no número de ateus no país.

Ali, a Igreja Católica passou a ser a maior a Igreja em número de fiéis e é quatro vezes maior do que a maior denominação protestante do país.
 
Até a Catedral de cristal protestante agora é católica:

Na Alemanha e na Inglaterra, antes católicas e onde o protestantismo também foi imposto à força, o catolicismo já quase que empata com as religiões protestantes antes oficiais. 

Hoje no Brasil, o protestantismo sangra dividido em numerosas seitas pentecostais de proprietários rivais, a desafiar o próprio Jesus Cristo que ensinava: “Todo o reino dividido contra si mesmo será destruído e seus edifícios cairão uns sobre os outros.” (Lc 11,17). 

Já não ceifam vidas por aqui, mas a alma dos que persuadem, fazendo sistemático uso de uma velha arma protestante, a mentira, que podemos conhecê-las cronologicamente registradas neste endereço:

http://mentiras-evanglicas-e-outras.blogspot.com.br/2011/08/cronologia-universal-das-mentiras-e.html

A intolerância protestante de antes, permanece, ainda que sendo os protestantes que se autodenominam “evangélicos” minoria no maior país católico do mundo. Ainda hoje, a coisa mais comum é encontrar nos noticiários brasileiros, a notícia de que mais um evangélico invadiu uma Igreja Católica e a depredou.

Longe desta conduta odiosa estão os católicos americanos nos Estados Unidos, maior país protestante, mesmo sendo lá os católicos quase três vezes mais numerosos que os evangélicos no Brasil.

Lutero, o fundador do protestantismo, apelidado de "reforma", ainda em vida, viu o protestantismo violentamente se esfacelar diante do seu “livre exame” da Bíblia, e mergulhado em completo arrependimento assacou as chorosas palavras:

"Este não quer o batismo, aquele nega os sacramentos; há quem admita outro mundo entre este e o juízo final, quem ensina que Cristo não é Deus; uns dizem isto, outros aquilo, em breve serão tantas as seitas e tantas as religiões quantas são as cabeças." ( Luthers M. In. Weimar, XVIII, 547 ; De Wett III, p. 6l ).

"Se o mundo durar mais tempo, será necessário receber de novo os decretos dos concílios (católicos) a fim de conservar a unidade da fé contra as diversas interpretações da Escritura que por aí correm."  (Carta de Lutero à Zwinglio In Bougard, Le Christianisme et les temps presents, tomo IV (7), p. 289).

Como bem diz o apologista Oswaldo Garcia: “É preciso saber que os "reformadores" não reformaram a Igreja de Cristo (que é irreformável em sua fé). Não se reforma uma casa criando em volta dela uma multidão de barracos.”

terça-feira, 27 de novembro de 2012

TOMUS LEONIS - TEXTOS EM LATIM E PORTUGUÊS


LATIM - (TRADUÇÃO LOGO A SEGUIR)

Cum enim Deus et omnipotens Pater creditur, consempiternus eidem Filius demonstratur; in nullo a Patre differens, quia de Deo Deus; de Omnipotente omnipotens; de Aeterno natus est coaeternus; non posterior tempore, non inferior potestate, non dissimilis gloria, non divisus essentia. Idem vero sempiterni Genitoris unigenitus sempiternus natus est de Spiritu Sancto et Maria virgine“. Quae nativitas temporalis illi nativitati divinae et sempiternae nihil minuit, nihil contulit, sed totum se reparando homini qui erat deceptus inpendit, ut et mortem vinceret et diabolum qui mortis habebat imperium sua virtute destrueret. Non enim possemus superare peccati et mortis auctorem, nisi naturam nostram ille usciperet et suam faceret, quem nec peccatum contaminare nec mors potuit detinere. Conceptus quippe est de Spiritu Sancto intra uterum virginis atris, quae illum ita salva virginitate edidit, quemadmodum salva virginitate concepit. ... (DH DH  290-291)
An forte ideo [Eutyches] putavit Dominum nostrum Iesum Christum non nostrae esse naturae, quia missus est ad beatam Mariam angelus ait: "Spiritus Sanctus superveniet in te, et virtus Altissimi obumbrabit tibi, ideoque quod nascitur ex te sanctum vocabitur Filius Dei [Lc 1,35]; Ut quia conceptus virginis divini fuit operis, no de natura concipientis fuerit caro concepti. Sed non ita intelligenda est illa generatio singulariter mirabilis e mirabiliter singularis, ut per novitatem  crationis proprietas remota sit generis; fecunditatem virgini Sanctus Spiritus dedit, veritas autem corporis sumpta de corpore est, et "aedificante sibi Sapientia domum" [Prv 9,1] "Verbum caro factum est, et habitavit in novi" [Jo l1,14], hoc est in ea carne, quam sumpsit ex homine, et qual spiritus vitae rationalis animavit.
(c. 3)Salva igitur proprietate utriusque naturae et in unam coeunte personam, suscepta est a maiestate humilitas, a virtute infirmitas, ab aeternitate mortalitas, et ad resolvendum condicionis nostrae debitum natura inviolabilis naturae est unita passibili: ut, quod nostris remediis congruebat, unus atque idem «mediator Dei et hominum, homo Christus Iesus» [1 Tim 2,5] et mori posset ex uno, et mori non ex altero. In integra ergo veri hominis perfectaque natura verus natus est Deus, totus in suis, totus in nostris  - nostra autem dicimus quae in nobis ab initio Creator condidit et quae reparanda suscepit; nam illa, quae deceptor intulit et homo deceptus admisit, nullum habuerunt in salvatore vestigium ... (DH 293) Propter hanc ergo unitatem personæ in utraque natura intellegendam et filius hominis legitur descendisse de cælo, cum Filius Dei carnem de ea virgine, de qua est natus, assumpserit, et rursus Filius Dei crucifixus dicitur ac sepultus, cum hæc non in divinitate ipsa, qua Unigenitus consempiternus et consubstantialis est Patri, sed in naturæ humanæ sit infirmitate perpessus. (Il Cristo, II, 432).



PORTUGUÊS


Pintura do Papa São Leão Magno
De fato, quando se crê que o Pai é Deus e onipotente, o Filho demostra-se sempiterno juntamente com ele: em nada diferente do Pai, já que é Deus de Deus, onipotente do Onipotente; nascido do Eterno, é coeterno, não posterior quanto ao tempo, não inferior quanto ao poder, não diferente pela glória, não separado quanto à essência.
O mesmo sempiterno unigênito do Genitor sempiterno "nasceu do Espírito Santo e de Maria virgem". Este nascimento temporal em nada diminuiu-lhe o nascimento divino e sempiterno, nem, tão-pouco, nada lhe acrescentou; mas ele se dedicou todo a recuperar o homem, que tinha  sido enganado, com o fim de vencer a morte e destruir com sua força o diabo, que tinha o domínio da morte. De fato, não poderíamos vencer o autor do pecado e da morte se aquele que nem o pecado pôde contaminar, nem a morte o pôde deter, não assumisse a nossa natureza fazendo-a sua, 
Foi, de fato, concebido do Espírito Santo no útero da virgem mãe, que o deu à luz, permanecendo intacta a sua virgindade, assim como o concebeu com intacta virgindade...
Ou talvez [Êutiques] pensou que o nosso Senhor Jesus Cristo não teve a nossa natureza, porque o anjo mandado à bem-aventurada Maria, diz: "O Espírito Santo descerá sobre ti e o poder do Altíssimo te cobrira com sua sombra: por isso, o santo que nascer de ti será chamado Filho de Deus [Lc 1,35] - como se a carne do concebido não fosse natureza da parturiente porque a conceição da virgem foi obra divina! Ao contrário, aquela geração singularmente admirável não se deve entender no sentido de que, pela novidade da criação, seja removido o que é próprio do gênero: foi o Espírito Santo que deu à Virgem a fecundidade, mas a verdade do corpo foi tomada do corpo e, "edificando a Sabedoria uma casa para si [Pr 9,1], "o Verbo se fez carne e habitou entre nós" [Jo 1,14], isto é, naquela carne que tomou do homem e que o espírito da vida racional animou.
(cap.3) Assim, permanecendo intacta a propriedade de cada qual das duas naturezas, e convergindo elas em uma única pessoa, a humildade foi assumida pela majestade  a fraqueza, pelo poder, a mortalidade, pelo eternidade; e, para pagar o débito da nossa condição, a natureza inviolável uniu-se a natureza passível, para que - como convinha para nos remediar - o único e mesmo "mediador entre Deus e os homens, o homem Cristo Jesus" [1Tm 2,5], por uma parte pudesse morrer e por outra não morrer. O Deus verdadeiro nasceu, portanto, numa íntegra e perfeita natureza de homem verdadeiro, inteiro no que é dele, inteiro no que é nosso - ora, chamamos nosso o que o Criador colocou em nós, desde o início e que ele assumiu para repará-lo; pois o que o enganador introduziu e o homem enganado admitiu não tem vestígio algum no Salvador...
Ele assumiu a forma de servo sem mancha do pecado, elevando o que é humano sem diminuir o que é divino, pois aquele esvaziamento no qual o invisível se ofereceu visível... foi um inclinar-se da misericórdia e não a falta de poder.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

"O FEITOR INFIEL" EM FORMA DE CATECISMO

TUCK - Caso eu comecasse a venerar Maria.... mudaria alguma coisa em mim ???? Em minha Fé Cristã ????? no Cristianismo como um todo ?????




Venerar algum santo nada muda na vida da pessoa se não começamos a imitá-lo em suas virtudes. A verdade é esta, como dizia um garotinho: "Se este e aquele foi santo, por que também não eu?". (São Domingos Sávio).

Os santos não podem ser ignorados, desprezados e mesmo hostilizados, pois são exemplos a serem imitados.

Contra aqueles que ridicularizam nossa devoção aos santos que já habitam os tabernáculos eternos;

contra aqueles que que, contrariando os ensinos de Jesus, dizendo que os santos estão mortos, inconscientes, adormecidos;

contra aqueles que, refugando as revelações do Evangelho de N. S. J. Cristo, vivem afirmando que os santos nada podem, nada fazem, que estão impedidos de reinar e julgar;

contra aqueles que não os vê como amigos de Deus, mas como  seus concorrentes, etc.,


Afirma o Senhor Jesus:

OS TABERNÁCULOS ETERNOS

"Eu vos digo: fazei-vos amigos com a riqueza injusta, para que, no dia em que ela vos faltar, eles vos recebam nos tabernáculos eternos." (Lc 16,9) 



Que nos recomenda o Senhor nesta passagem?

- Recomenda-nos tenhamos amizade com os moradores dos Tabernáculos eternos;

E o que são esses Tabernáculos Eternos?

- Se são eternos não se referem a nenhuma obra humana feita aqui na terra. Trata-se do céu, do lugar onde se pode gozar da visão beatífica de Deus, onde reina plena comunhão entre Deus e seus santos - anjos e homens.

Que quer dizer "no dia em que ela, a riqueza injusta, vos faltar"?

- Será o dia de nossa morte, quando seremos chamados a prestar conta de nossa administração aqui na terra junto ao justo juiz.

Mas o que significa "riqueza injusta"?

A RIQUEZA INJUSTA
- Por riqueza injusta se entendem todas as coisas de que dispomos nesta vida, as quais não nos pertencem, pois delas somente Deus é o legítimo proprietário: são os talentos a nós confiados, todos os bens materiais, culturais e espirituais que deveríamos utilizar não em nosso proveito, mas em proveito do próximo.

- Pela parábola se nota que tais "amigos" eram devedores de Deus e que pouco depois já estavam na posse dos bens eternos. Como será que tais amigos obtiveram aqueles descontos, de nossa parte, com relação às suas dívidas para com nosso patrão? Foram sufrágios mediante orações e sacrifícios a seu favor. Então eles, quites com a justiça divina, obtendo a santidade sem a qual ninguém pode ver o Senhor (Hb 12,14), puderam ascender às moradas eternas. Eis aqui o purgatório, do qual, os hereges tanto mal falam!

Que legal, né?! Os santos nos podem ajudar, valendo-nos, no momento de que mais temos necessidade!!! Eles têm o poder de nos introduzir no Tabernáculos Eternos!

Por isso, muito nos vale a devoção aos santos, mormente à poderosíssima Mãe de N. Senhor (Lc 1,43).

Para Deus, reinar é servir  (Mt 20,26). Os santos, como todos os anjos, estão a serviço de Deus agindo em nosso favor.

Devo amá-los ou ser seus inimigos?